“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.”
O “próximo”, mencionado no mandamento, são todas as pessoas que estão à nossa volta. É o colega de trabalho, vizinhos, todas as pessoas com quem mantemos algum tipo de relacionamento, próximo ou distante.
Se o mandamento nos orienta a amarmos até aqueles mais distantes, o que falar da família mais próxima: os pais.
Em particular, queremos alertar sobre a questão dos pais idosos, que necessitam de mais atenção.
Exatamente: mais atenção!
Confundimos, como sempre, que, suprindo as necessidades materiais, estamos cumprindo o nosso papel de filhos.
Não é isso o essencial.
O idoso precisa de atenção, ou seja, quem converse com eles e que ouça o que eles têm a falar.
As famílias, em sua grande maioria, acham que seu familiar idoso precisa somente de repouso e remédio.
E o remédio do espírito, qual é?
Eles, os idosos, sentem muita necessidade de participarem da vida da família, acompanhando filhos e netos nas atividades do dia a dia.
Nossos pais e avós fizeram muitos sacrifícios para que pudéssemos seguir com nossa vida e, hoje, quando nos tornamos adultos e temos os nossos filhos, para eles, é como o lavrador que labutou muito para cuidar da plantação e chega a hora da colheita, ou seja, eles nos criaram e querem continuar a participar de nossas vidas, recebendo o carinho que tanto demonstraram desde que nascemos.
Sempre é tempo de corrigirmos as situações. O idoso não quer festas de homenagem. Ele gosta de fazer um passeio simples com a família e que, ao caminhar, um filho lhe dê o braço para se apoiar.
O idoso não quer banquetes, mas gosta quando o filho aparece com a família para tomar um cafezinho e mostrar que seu neto aprendeu algo novo.
O mais importante, repetimos, não é o lado material, mas, sim, o afeto e a atenção que recebe.
Deixamos aqui anotado um alerta constante em O Evangelho Segundo o Espiritismo (capítulo XIV, item 3):
“Infeliz, portanto, daquele que se esquece do que deve aos que o sustentaram na sua fraqueza infantil dos primeiros dias. Daqueles que com a vida material lhe doaram a vida moral e que, muitas vezes, se impuseram duras privações para lhe assegurar o bem-estar.
Infeliz do ingrato, que sofrerá as consequências da ingratidão e pelo abandono demonstrado a seus pais.
Por sua vez, será ferido nas suas mais caras afeições, talvez nesta mesma existência, mas, com toda certeza, numa reencarnação futura, em que sofrerá os mesmos dissabores que fez seus pais sofrerem.”
Se os seus pais já desencarnaram e você se arrepende de ter feito ou deixado de fazer algo por eles, visite um asilo e dê atenção para aqueles idosos que lá se encontram. Ore e coloque o seu futuro espiritual nas mãos de Deus.
Wilson